Sábado, 18 de Abril de 2009

 Sabe quando você parece ter à mão algo que quer muito, mas aquilo não parece ser o que você realmente precisa? Sabe quando você está em uma multidão, cruzando rostos e assuntos desconhecidos, e se sente tão só que chega a ser patético? Sabe quando sua carência começa a te fazer magoar

 
 
 
outras e outras e outras pessoas... Você começa a usar quem gosta de você para suprir a ausência de um amor que não deu certo?
Você chora de tanto desespero, de algo que partiu para longe de você, algo que nunca vai poder substituir, mudar ou até mesmo ter igual, e inevitável é tentar resgatar um sol que nunca mais vai brilhar do mesmo jeito que brilhou um dia para você.

Sim... É tão duro quando se está tão terrivelmente apaixonado por alguém mas tem que deixar essa pessoa embora, e pensa em todas as palavras nunca ditas, ações e atitudes nunca tomadas, sente aquele remorso e aquela vontade enlouquecedora de voltar no tempo para fazer diferente, e começa a fazer promessas de reparar seus erros naquela tentativa imprudente de querer aprisionar alguém a você que é tão eficaz quanto tentar correr da chuva ao relento para não se molhar...



Teria sido tão bom ter vivido uma vida inteira sem se permitir a sentir as sensações que um amor bem vivido, de corpo, alma e coração pode causar? Essa é a pergunta que eu me faria a 5 segundos da morte... Aliás, me vejo em constante questão... Você se pega tocando músicas, escrevendo letras e poesias para um nada à sua frente, só com a doce imagem de alguém que te toca tanto sem fazer esforço...
Você se lembra do jeito que ela simplesmente para, olhando para o nada, pensando em muitas coisas ao mesmo tempo (ou talvez em nenhuma), pensa naquele terrível silêncio que aparece às vezes, e com o tempo ele passa a não ser mais o vilão que tanto te assombra nos 15 primeiros olhares que você tem com ela... Lembra do olhar caído, da expressão de paz, da pequena risada que ela solta com alguma palhaçada sua e com os minutos que ela começa, sem se dar conta, de te deixar a vontade e fazer com que você seja quem realmente você é, sem mascaras, sem poses... Apenas você, ali.



Se apaixonar por alguém é muito fácil... Fazer este alguém se apaixonar por você é que torna a coisa mais complicada, e mais saborosa também. Mas a arte maior é fazer cada dia um dia melhor do que o anterior... Ganhar não só a admiração espontânea, mas acreditar que ela é possível a cada minuto, se tornar mais e mais sólida, com alguém que um dia se dispõe de coração a se deixar ter algum tipo de sensação por você. Seja ela uma pequena paixão, um desejo carnal ou aquela profunda certeza de que sua alma prosseguirá de forma mais segura com ela ao lado. E isso é algo que você só consegue se permitir se você olhar para dentro de si mesmo e enxergar aquilo que só se consegue ver de perto... Sem medos, sem incertezas. Sem fantasmas nem pressões. Sem confissões, sem segredos. Sem mentiras e sem ilusões. Apenas aquilo que só é possível quando você corre o risco de chegar perto para saber o que realmente está acontecendo por ali.


 

publicado por Pequenos Momentos às 15:36
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